Fonte da figura: http://www.acessa.com/saude/arquivo/psicologia/2010/04/08-artigo/
Antes de sairmos de férias, as férias de 1 mês entre o final um 'termo' e o início do outro, a escola do Chicletinho fez um encontro entre os pais para conversar mais sobre o desenvolvimento das crianças.
Após a 'palestra' conversamos individualmente sobre nosso pequeno. A professora comentou que o Chicletinho não tem vergonha, ele conversa com todos os amigos mesmo não dominando o inglês ainda.
O mais interessante da conversa foi ela nos orientar em relação ao desenvolvimento da coordenação motora das crianças e nos levou a entender o motivo pelo qual na escola Montessoriana as atividades de 'limpeza' ajudam nesse desonvolvimento.
A mão possui inúmeras terminações nervosas e o fato de você usá-las para varrer, lavar louça, tirar pó, secar cadeira, faz com que trabalhe essas terminações.
O trabalho manual no Brasil trabalhamos com colagens, pinturas usando as mãos. Isso é feito aqui também, mas eu vejo que eles utilizam muito mais os insumos disponíveis no nosso dia-a-dia para trabalhar esse desenvolvimento muito mais do que ter que comprar papel, tinta, cartolina, etc.
Durante nossas férias no Rio, uma prima comentou que sua sogra - que é professora de deficientes visuais - comentou que em hipótese alguma devemos 'dar palmada' nas mãos das crianças justamente por causa das terminações nervosas.
Por causa dessas terminações nervosas os deficientes visuais desenvolvem o sentido do tato, e assim conseguem ler braille.
Uau, sim pra mim foi uma descoberta e tanto.
Ela nos pediu também para que inseríssemos o Chicletinho em atividades simples em casa tais como, ajudar a separar roupa para lavar por cores, encher copos com água, etc. Esse tipo de atividade insere a criança no mundo real.
Qual o motivo de tamanha descoberta pra mim?!
No Brasil trabalhamos as crianças como seres 'a parte' do nosso mundo. Tudo é muito perigoso: não mexe aí que pode quebrar. Isso é muito diferente daqui, talvez pelo fato de que quando as crianças estão em casa não existe a figura da babá, 100% do tempo voltada para elas, ou até mesmo a figura da empregada, que deixa a mãe livre para estar tempo integral com o filho.
Quando viemos para Londres Chicletinho já estava com 2 anos e nós com muitos vícios naturais da vida que levávamos no Brasil.
Hoje pra mim é uma vitória quando estou em casa e o pequeno brinca sozinho sem me chamar a cada 2 minutos. Percebi que eu estava me tornando 'escrava' do meu pequeno e isso sem perceber e na melhor das intenções.
Hoje Chicletinho se aproxima de seus 4 anos e posso dizer que a medida que ele cresce, cresce também em mim uma mãe diferente.
Um comentário:
Li:
Essa maturidade como mãe eu só consegui quando a Helena (segunda filha) chegou...
Parabéns, amiga!
Bjos e bençãos.
Mirys
www.diariodos3mosqueteiros.blogspot.com
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