quarta-feira, 4 de maio de 2011

E o 2o filho?

Eu e uma amiga muito querida estamos no mesmo dilema: ter ou não o 2o filho. E qual o momento ideal para isso?

Essa é uma pergunta que ouço desde a primeira semana de vida do JP. Não vou comentar quem a fez, vamos deixá-la incógnita ;)

Husband bem que insistiu por 1 ano, mas agora que ele está realmente colocando a mão na massa está vendo que as coisas não são tão simples assim.

Bom, o fato é que tenho uma opinião talvez um pouco diferente a esse respeito.

Acho que cada criança precisa de atenção específica, nenhum filho é igual ao outro. Podem comprovar as mães que já têm mais de 1 filho, as mães de gêmeos, trigêmeos, quadrigêmeos, etc.

Por mais que o tratamento e educação sejam as mesmas cada pessoinha tem a sua personalidade. Adoro ler os blogs de múltiplos e as mães os descrevendo: Princesinha é dengosa, Príncipe é agitado e adora correr de um lado para o outro, Príncipe II dorme a noite inteira, adora uma sonequinha (ao contrário de seus irmãos).

Não só baseado nisso, lendo alguns artigos sobre as fases das crianças é fácil perceber que essas fases podem variar de criança para criança. Quer um exemplo? Os famosos 'terrible twos', algumas crianças podem iniciar aos 2 anos com birras, desafiando os pais na busca da sua própria independência no pensar e agir. Mas existem aquelas que começam quase aos 3 anos e podem se estender até os 4 anos.

Toda a literarua existente em relação as fases das crianças servem de base, para nós mães, aflitas e ansiosas por conhecimento para proporcionar aos nossos pequenos o melhor dos mundos quando a questão é o desenvolvimento emocional e 'intelectual' deles.

Que me desculpem Freud, Piaget e outros, mas o dia-a-dia é que nos mostra as necessidades dos nossos filhos em relação ao seu desenvolvimento e não uma tabela com idades e descrições.

Não adianta me dizer que o desfralde tem que ser aos 3 anos de idade se o meu filho não está preparado emocionalmente para isso (tentei 3 vezes).

Então que pra mim, ter um filho com 3 anos e um recém-nascido em casa pode gerar o caos #fato.

Acho que meu filho de 3 anos, a serem completados em junho, está no auge de suas necessidades em questões de limites (os tais terrible twos). Além disso é a fase de desfralde, de começar em escolas maiores, muitas e muitas descoberdas que exigem atenção e paciência.

Quando é a idade certa para o 2o filho? Não sei ... mas acho um pouco egoista quando alguns pais dizem que querem ter um filho em seguida do outro para que sejam criados juntos. Ouço muito: Imagina, depois que um filho está me dando sossego vou ter outro pra começar tudo novamente??? Egoismo puro (lembrem-se que é a minha opinião para a formação da minha família).

Quando falam isso estão pensando nas noites de sono deles, no tempo livre reconquistado etc, Mas se esquecem de pensar no pequeno de 3 anos de idade que ainda precisa de atenção para seu desenvolvimento e que essa atenção vai ser dividida com o irmãozinho que acabou de nascer e acorda de 2h em 2h para mamar, aí a mamãe tá cansada demais pra brincar, pra desenhar, pra contar histórias, pra levar ao parque ...

Sim, antigamente isso era comum. Mas o mundo de hoje não é o mesmo mundo de antigamente.

Durante algum tempo relutei em relação a ter o 2o filho, pensando justamente nisso. Ainda falo que eu preciso de alguns meses, talvez 1 ano, de noites bem dormidas para começar novamente todo esse processo. Que é delicioso, tem coisa mais maravilhosa do que ter um bebê em casa???? Mas é proporcionalmente desgastante. Tiro o chapéu para aquelas mães que não se desgastam e acham tudo maravilhoso (só não vale dizer que não se desgastou a mãe que dorme a noite inteira enquanto a babá acorda durante a madrugada para dar o leite pro bb. Não condeno, cada um faz oq acha melhor, mas aí estamos em desvantagem rs)

Mas tudo bem, esse meu pensamento pode ser decorrente do fato de que meu filho não dorme a noite inteira ... ainda! Mas enquanto ele não dormir a noite inteira e precisar que eu acorde 2 ou 3 vezes durante a noite para niná-lo, não estarei preocupada que dentro de 10 minutos o mais novo acordará para outra rotina de mamadas/fraldas/arrotos e eu ainda não dormi nem 4 horas seguidas.

Será que não é mais interessante ter o 2o filho quando o 1o começa a ter a sua vidinha escolar mais intensa? Lá pelos seus 4 ou 5 anos? Quando sua atenção se volta mais facilmente para um livro ou para ativiades individuais? Ou quando já é possível ficar mais tranquila deixando-o brincar com os amiguinhos sem se preocupar se um deles jogará um brinquedo na cabeça do outro, ou se levará uma mordida, ou ainda sem ter que ficar falando o tempo inteiro: tem que dividir: share, share JP. Essa é a frase mais falada aqui em casa ultimamente.

Sei que cada idade tem seus desafios, para pais e filhos. Mas tenho certeza que uma criança de 4 anos entende mais facilmente a chegada de um novo membro do que um pimpolho de 2 anos. Acho que o irmão tem que curtir a chegada do irmãozinho ... não pode ser algo sofrido.

Tá e as mães e pais que têm gêmeos, trigêmeos, quadrigêmeos? Bom aí nasceram todos juntos, ao 'mesmo tempo', eles não conhecem o mundo sem os irmãos. São histórias diferentes. O desgate maior é dos pais em ter que administrar tantas pessoinhas ao mesmo tempo, mas aconteceu, não foi 'planejado'.

Aí podem falar: ah mas então vc é contra tratamento pra engravidar, pq é certeza que virá mais de 1. Tenho certeza que que nenhuma mulher que quer ser mãe gostaria de engravidar tendo que fazer tratamentos. Então, ter no mínimo 2 filhos seguidos/de uma vez, nesse caso, é lucro total! Super apoiado.

Só acho que é tanta coisa pra administrar com um filho e ter o 2o torcendo para que o mais velho lide com todas as mudanças numa boa é como uma loteria e não acho justo ... só isso.

Fora isso, tem a questão financeira. Nem vamos entrar nessa questão ...

Bom, é minha opinião tá gente! Podem discordar e comentar ...

11 comentários:

Lisiane Machado disse...

Oi! Como vai?

Acho muito legal teu pensamento, mas caso tu tenha o 2º filho com o 1º ainda pequeno, lembre-se de que a frustração é ótima para o desenvolvimento psíquico e social dos 2.
É bom aprender desde cedo que não se é o único a precisar de atenção, que deve compartilhar as brincadeiras, o carinho dos pais e a atenção da familia.
Isso os prepara melhor pra esse mundo tão exigente.

Grande Abraço!

E? disse...

A minha irmã nasceu quando eu tinha 4 anos e meio, e acho que foi bom tanto para os meus pais como para nós. Eu já tinha uma certa independência, já tinha tido alguns anos com o mimo só para mim, e não senti nenhum tipo de carência. E agora somos muito próximas e quase não se nota a diferença de idade :)

beijo e que tudo corra pelo melhor!

Liliane Arend disse...

Oi Lisiane, qto tempo hein;)

Concordo com vc!

Mas também acho que as frustrações acontecerão independente de outro irmão. Um desenho que ele quer desenhar mas não sai do jeito desejado, ou o castelo montado com lego que não é exatamente como o imaginado, ou até mesmo comer cenoura pq faz bem pra saúde e compartilhar seu brinquedo com o amigo que vem nos visitar em casa (estamos passando por isso).
Além disso cabe a nós, enquanto pais, ensinar o respeito pelo próximo e que ele não está sozinho no mundo, independente de se ter um irmão. Mostrar que o mundo é muito maior do que seu lindo umbiguinho (que a mamãe coruja o guarda com tanto carinho)
Na verdade acho que não existe uma 'receita' certa, existe aquela receita que é certa para aquela família ...
beijo e adorei sua visita aqui no blog!
Li

érica disse...

Oi querida! acho que quem vai saber o momento certo é vc mesmo e o Ric (mas vc mesmo, entende?) acho que todos os casos tem exceções, quando se tem junto, quando se dá intervelo, histórias boas e ruins. no meu caso, não queria ter esperado muito, pois acho que filhos de idades parecidas, participam do mesmo momento, acho saudável para eles. aqui em casa a gi não sofreu com o nascimento do joão, curte muito ele, mas ao mesmo tempo, ele a "irrita profundamente", porque ela é uma moça, quer ver seus programas, tocar violão, ler um livro, e ele é um "mala". aí as pessoas vem me dizer que deve ser muito fácil aqui em casa porque a gi não dá mais trabalho...
enfim, como diz uma amiga, ninguém merece ser filho único, e acho que até em situações complicadas, eles tiram aprendizado, que vão colher no futuro.
não sei se enrolei mais do que expliquei.
beijos e saudades,
érica.

KidsIndoors disse...

Oi. Olha só sai da maternidade dizendo q não iria tem mais filhos! O meu primeiro foi super planejado e não gostei do PARTO em si. Fiquei apavorada, pois tinha planejado tudinho, como uma boa virginiana, mas deu tudo diferente, um caos.
Mas depois, pq mulher sempre esqueçe, começei a planejar o segundo... Pq eu tenho 3 irmãos e AMO ter eles por perto. E tb como eu me lembrava de como foi um choque pra mim quando minha irmã, 8 anos mais nova nasceu. E como isso não foi traumático quando meu irmão nasceu, pq e tinha 3 anos e não conseguia me lembrar da vida sem ele. Então, planejei pra ter o segundo logo. Queria pouca diferença, sbia q ia dar trabalho, mas o primeiro filho quase SEMPRE regride com o nascimento do segundo. Então não desfraldei, den tirei bico, nem mamadeira.Já não tava dormindo com um.. se fosse esperasse ter noites de sosno tranquilas com certeza não ia querer fazer um outro filho, dormir é sagrado! O segundo foi friamente planejado, pra dizer a verdade. E nasceu 2 anos e 2 meses depois do primeiro. E apesar de tudo, trabalho dobrado, praticamente 2 bebês em casa. Eu faria tudo de novo... eles se adoram, apesar de ser um casal e com interesses diferentes, eles não conseguem viver separados: se um vai pra casa do avô o outro tem q ir, se um vai visitar minha sogra o outro vai junto. Eles dizem :" -Pq nós nos amamos, mãe. Ela é minha maninha querida." e ela diz o mesmo dele. Eles não se lembram de uma vida sem o outro e isso cria cumplicidae. Eu adoro! Deu MUUUUITO trabalho, dobro de fraldas, noites sem dormir, choros ciumes...essas coisas...
Mas vejo pela minha cunhada q esperou 7 anos pra ter outro. O choque do mais velho foi terrível. Regrediu muito, na escola começou a atrapalhar os outro e a brigar pra chamar atenção, ficou um menino revoltado... Pq perdeu o reinado!!!
Minha dica é ter o segundo logo, pra depois gozar de noites de sono!!!
abraços, gisele

Anônimo disse...

Olá...comento aki hoje pela primeira vez, eu tenho 2 meninas com 2 anos de diferença, quando a mais nova nasceu, a mais velha regrediu, tinha parado com as fraldas e voltou tudo novamente ate, mamadeira queria, foi muito dificil, e é até hoje que elas tem 13 e 11 anos é uma briga só, acho tbém que é por causa dos hormonios delas e que um dia isso vai passar, mais se fosse hoje eu pensaria melhor no 2º filho, não se teria, hoje 2 um numero otimo de filhos mais a idade pq tenho varias amigas com 2 filhos e vejo brigas em todas as idades, qual será a idade certa???? Será que existe isto???? O que podemos fazer para evitar brigas em irmãos??? São muitas as duvidas e quem vai responder acho que só o tempo.

Bjs.
Lela.

Unknown disse...

Nao sei se quero ter o 2 filho ou nao, mas se for tera q ser logo , por causa da minha udade e pela idade da minha filha. Acho mais de 4 anos muita diferenca de idade entre irmaos, digo por experiencia propria, minha irma so virou minha companheiro depois dos 15/16 anos.
bj Carol P
www.motherlovedatabase.com

My mom is so cool disse...

Liliane querida!
Eu sou do partido que acredita que não tem regra, não tem melhor hora ou pior... tem a hora da SUA família de crescer (ou nao)...
Cada familia tem a sua historia e nos dia de hoje, eu sinceramente acredito que a decisao da hora de se ter o segundo filho merece sim reflexao. Vamos combinar que hoje a gente acumula é coisa nas nossas mãos...
Quando rolou a proposta de irmos morar em SF, tinha acabdo de parar a pilula. Nao preciso dizer que voltei a tomar no mes seguinte!!! Depois foi a vinda pro Rio... adaptação de volta... e enfim, Marie está com 7 anos e só esse ano resolvemos começar de novo. Não tenho um pingo de arrependimentos, me sinto super ready to go! Aconteceu tudo na sua hora e acho que a Marie vai ser tão amiga do irmão qto se eles tivessem 2 anos de diferença!
O que vale é o amor! A regra na verdade é ser feliz, não é?!

Gisele disse...

Oi!
Achei seu blog a pouco tempo e tenho adorado!
Tenho uma curiosidade que não consegui matar lendo os posts mais recentes, mas vc teve seu filho aí em Londres? Como é a experiência de se ter um filho em outro país e longe da família e amigos? Sempre tive muita curiosidade em saber como tudo isso funciona porque imagino que seja uma experiência totalmente diferente da de se ter um filho no Brasil como todo apoio emocional e até mesmo físico da família por perto. Como foi pra vc essa experiência? Adoraria ler seu relato!
Beijos e felicidades pra sua família!
Gisele

Liliane Arend disse...

Oi Gisele,

Eu estava grávida qdo moramos em Londres pela 1a vez, em 2007. Por problemas de saúde resolvemos voltar para ter JP no Brasil.
Voltamos à Londres fazem 6 meses.
Mas com o passar do tempo vou contando como é ter um filho fora do Brasil.
bjo e obrigada pela visita

Mirys Segalla disse...

Li, querida...

Ai, ai, ai... como mãe de dois você pode pensar que eu sou suspeita. Talvez eu seja mesmo! Mas, ainda assim, vim te contar a minha opinião.

Eu e o Fer sempre quisemos mais de um filho. Sempre. Nâo sabíamos exatamente quantos, mas não queríamos só um. O argumento de atenção "integral", dedicação "integral", recursos financeiros "integrais" para oferecer o que há de melhor não nos convencia. Porque o mais importante, para nós, sempre foi o que não se pode comprar e que se deve dar a um filho: atenção, amor, carinho, instrução.

Não digo que ser mãe de 2 não é difícil. É. Mas não é mais difícil do que ser mãe de um só. Pelo contrário: às vezes, até facilita!!! Em casa, quando o Guigo queria brincar e eu estava fazendo almoço, eu desligava as panelas (morrendo de medo dele chegar perto do fogão) e sentava pra brincar. Com a Nina foi diferente: eles sentavam juntos, na copa, e brincavam sob as minhas vistas. Não menos felizes porque "só tinham a atenção do irmão e não da mãe".

Eu quis, sim, ter os dois pertinho. Eles tem 2 anos e 2 meses de diferença. E acho que foi a melhor coisa para todo mundo! Apesar de serem de sexos diferentes, eles não brigam, não disputam, não têm grandes problemas. Ao contrário: são companheiros nas aventuras e nas travessuras! E é lindo ver um cuidando do outro quando o outro precisa!...

Minha amiga, eu poderia escrever um comentário beeeem longo (mais???) sobre tudo isso, mas ainda assim seria só a minha experiência. Você deve ter as suas!!!

Qualquer filho, qualquer um (1o, 2o, 3o, etc) deve vir quando o CASAL estiver preparado. Não financeiramente, mas emocionalmente. Quando vocês sentirem saudades daquela barriga chutando, quando vocês quiserem dar outras realidades para o JP, quando vocês pensarem "e se?" e sorrirem... aí será o momento!

Bjos e bençãos.
Mirys
www.diariodos3mosqueteiros.blogspot.com